1.30.2008

Amazônia para sempre, 600 mil assinaturas


O movimento Amazônia para sempre já atingiu 600 assinaturas. Um número importantíssimo mas que precisa aumentar ainda mais. Devemos lutar pela sobrevivência da amazônia e o início dessa nossa luta é pelo próprio Movimento. Divulgue para seus amigos o site
www.amazoniaparasempre.com.br Busque mais adesões. Somente assim poderemos mostrar que nós brasileiros estamos preocupados e engajados na preservação daquela região.
Vamos nos movimentar também. Faça campanha em blogs, através de e-mails, no trabalho.
Vamos fazer a nossa parte e um pouco mais. Necessitamos da natureza para viver. Não existe outro lugar para morarmos.

Um abraço,

Luiz Alberto De Vasconcellos

1.26.2008

Simples viver bem


A vida que a gente leva está tão agitada que quase sempre nós esquecemos de como é simples viver bem. Para muitos, viver tornou-se tão complexo que acabam por levar a vida como sobreviventes, e nem se dão conta disso. Talvez, esta seja a razão para tantos sentimentos frustrados, tantas relações desfeitas, tantos sonhos esquecidos, tantas raivas incontidas e tantos males de saúde inesperados.

Viver bem deveria ser tão simples como as gotas do orvalho, o desabrochar de uma flor, o nascer do sol, o sorriso de uma criança. Viver bem deveria ser igual a nossa canção preferida que procuramos cantá-la, mesmo no tom errado. E, tudo isso admiramos sem ter que para isso buscar explicações mirabolantes.

Quantas vezes nos deparamos com situações que nos afligem, deixando-nos um tanto quanto perturbados, fazendo-nos perder o foco no cerne da questão, onde, quase sempre, está a solução. Isto acontece porque não conseguimos vislumbrar todas as possibilidades que uma vida simples nos oferece, desapegada de pressupostos e preconceitos que tornam tão pesado o nosso dia-a-dia. Acontece porque consideramos tudo como sendo muito difícil e que a simplicidade de uma idéia ou ato, não poderia resolver. Mas, resolve, porque a vida não é uma equação matemática. A vida é simplesmente a vida que resolvemos levar, então, podemos fazer dela um grande espetáculo ou retumbante fracasso.

Viver bem é ser simples, não simplório, é entender que somos limitados e imperfeitos, mas não impossibilitados de melhorarmos, aperfeiçoarmo-nos. Viver bem deveria ser igual ao canto do pequeno pardal que não possui as variações e tons espetaculares aos daqueles pássaros com perfeita sonoridade, mas sua simplicidade traz-nos harmonia aos ouvidos, relaxando-nos nas primeiras horas da manhã e quase sempre nem percebemos isso.

Viver bem é simplesmente estar de bem com o que você é não com o que julga ou julgado ser. Viver bem é tão simples que acabamos pensando que não pode ser tão fácil assim.
Mas é, experimente!

Luiz Alberto De Vasconcellos - 26.01.2008

1.22.2008

Carrilhão



Sempre pensei em ter um relógio daqueles grandes que ficam ali em pé num canto da sala, discreto, elegante e imponente. Não sei bem o por quê, mas tenho por ele, uma grande atração. Diferentemente de qualquer outro móvel ou adorno de uma sala, ele é sempre percebido. Talvez pelo fato de que este tipo de relógio possa significar não uma simples contagem de tempo, mas, essencialmente, a sua imponência. Posso sentir em cada um desses grandes relógios antigos o pensamento criativo de seu relojoeiro no momento em que estava sendo concebido, não apenas fabricado ou produzido, mas um ente pensado com especial carinho e recept[áculo de todos os desejos de realização de seu criador. Peça por peça, o artista, pacientemente, deixa-lhe um tanto de seus anseios e sonhos, convicto de estar burilando a chave do tempo com os seus segredos.

Para mim, todo relógio carrega segredos de momentos quase sempre ansiados: o segredo do momento de quando um grande amor virá; o segredo do momento da chegada de uma grata surpresa; o segredo do encontro com uma frustração; da vinda de alguém, da partida desse alguém e por aí afora.
Não é raro, um relógio abdicar de suas voltas rotineiras e intermináveis juntamente com a vida de seu proprietário para dar às demais pessoas a oportunidade da imaginação dos últimos momentos daquela que partiu; se ela pôde sentir a chegada de seu desenlace, que medos, pavores ou resignações ela teve que conviver em seus últimos segundos. Pois a vida é feita de segundos. A eternidade é toda ela constituída por segundos. Se somos feitos de pó, a nossa consistência, pacientemente, é feita de segundos. Um relógio conta impassivelmente todos os nossos segundos, deixando-nos a tarefa de registrá-los como momentos.

Um grande relógio na sala é também uma ótima companhia. Na maior parte do tempo calado, introspectivo, deixando para em alguns momentos estabelecer a razão de sua natureza marcando sonoramente as horas cheias como se procurasse nos lembrar da inexorabilidade do tempo e de tudo o que ele carrega. Atravessando as horas longas de uma madrugada insone, a solene companhia está ali cadenciando a vida que emerge de nossos pensamentos mais audíveis proporcionados pelo silêncio do momento. No desenrolar do dia agitado, ele está ali para fazer-nos perceber que a vida deve ter também os seus momentos de reflexão, a necessária parada aparente para marcar as divisões das nossas próprias horas.

O grande relógio às vezes, parece um ente isolado, autista, imerso em suas próprias tarefas de marcar o tempo e de vez em quando chamar a atenção para si, fazendo soar altivas badaladas, assustando-nos ou interrompendo-nos a concentração, como se quisesse mostrar-nos não as horas completas mas a efemeridade de tudo o que fazemos, o que somos, o que pensamos.

Muitos de nós gostaríamos de possuir uma máquina do tempo para que pudéssemos rever o passado na tentativa de corrigir alguns pontos, tatear o futuro, com o fim de se precaver de possíveis situações ruins. Mas se prestarmos atenção, o grande relógio é a verdadeira máquina do tempo, que nos força a atravessar a ponte de um presente que não existe entre um passado despercebido e um futuro ansiado e que nunca chegará, porque somos todos frutos de um momento, contemporâneos de uma rápida passagem, preocupados, infelizmente, com o que fizemos e temerosos do que devemos esperar realizar, sem contudo atentarmo-nos para a importância do momento bem vivido, seja ele sofrido ou alegre, mas bem vivido, porque a única coisa que, de fato, possuímos, é a oportunidade de viver bem o momento em que estamos, igual a um relógio que marca com precisão própria o segundo que acontece, não o que passa e nem o que virá, mas o que acontece. É isto que lhe faz não arrepender-se do segundo passado e nem temer pelo que virá, pois o que o seu compromisso é marcar bem o segundo que vive, não lamentar-se pelo que viveu ou desesperar-se pelo que ainda, possivelmente, viverá.

Assim deveria ser a vida nossa de cada dia, como um grande relógio, seja num canto esquecido ou num local mais nobre de sua sala, marcando cada segundo com a precisão devida, sereno, contemplativo e pacífico. Entendi que um relógio não acumula horas, apenas as vive, através de cada segundo. A vida não precisa ser uma acúmulo de lembranças passadas ou expectativas futuras, pois ela já teve e ainda terá a graça de vivê-las, se bem ou mal, dependerá apenas da forma como vivermos o segundo que nos é dado viver.


Luiz Alberto De Vasconcellos - 19.10.2007

1.21.2008

Página em branco



Uma página em branco é um convite para uma boa estória, uma chance para viajar pela consciência do natural e do sobrenatural, através da escrita. Uma página em branco é como um óvulo fecundado pela tinta de uma esferográfica ou pelas impressões digitais da tecnologia, página e tinta que se fundem para a concepção de uma ou mais vidas cujo sopro vem da alma do criador.


Um texto assemelha-se a uma tela, onde o artista procura, com esmero e profundo talento miscigenar palavras e frases numa solução cognitiva, senão agradável, pelo menos estimulante à percepção de quem o lê.


Escrever uma página é dar forma a idéias através de personagens, é um toque mágico da habilidade em desenhar uma vontade cujos traços vão compondo uma estória. A vida das personagens vai sendo composta palavra a palavra, vírgula a vírgula, com a sua conclusão para além do ponto final, na mente do leitor.


Uma página em branco é o portal fantástico para o sonho, para o mistério, onde o irreal torna-se factível, onde o universo tem seus princípios e fins bem delineados, dentro do infinito que é uma página em branco.




Luiz Alberto De Vasconcellos - 14 e 23.05.2005

1.16.2008

Amazônia para sempre

A Amazônia está ameaçada pela cobiça humana. Temos falado muito e feito pouco pela preservação de um dos maiores pulmões de nosso planeta. O movimento Amazônia para sempre tenta chamar a atenção das autoridades de nosso país para o fato de que nós, brasileiros, estamos de fato mobilizados em torno da preservação da floresta amazônica. O objetivo desse movimento é coletar uma quantidade suficiente de assinaturas para encaminhamento de um manifesto ao Presidente de nosso país, em que defende e solicita a manutenção do que ainda temos de floresta tropical e seus povos que dela vivem.
Acesse o site www.amazoniaparasempre.com.br e assine o manifesto à Presidência. É muito rápido, não necessitando mais de um minuto de seu tempo. Divulgue para os seus amigos. Vamos salvar o nosso planeta começando pela preservação da Amazônia.
Amazônia para sempre.

Um forte abraço,

Luiz Alberto De Vasconcellos

Vida

A vida tem a missão de ser surpreendente. Filha do mistério, desenrola-se na expectativa e finda-se na esperança.
Cada dia na vida é uma surpresa, por mais igual que pareça é totalmente diferente do que era. Morre e ressurge a cada segundo, novinha em folha e velha o suficiente para a renovação. O seu andamento embora pareça cíclico é na realidade uma linha reta e ascendente formada por pontos de rupturas e alianças.
A vida é a ligação do passado com o futuro, cujo elo é o presente. Interessante é o pouco apreço que a ela se dá. A vida parece não ter valor em si mesma. Dá-se importância ao poder, à aparência, ao dinheiro, à fama, à doença, às preocupações, mas não se presta atenção à vida, um verdadeiro pano de fundo sem alegorias e luzes num mundo de ilusões.
De tudo na vida nada se leva, senão ela própria. Toda a fama, todo o poder, todas as alegrias, todas as conquistas, tudo, tudo mesmo é vencido pela morte. Porém, nem esta consegue sobrepujar a vida.


Luiz Alberto De Vasconcellos - 23.05.2005

1.13.2008

Infinitivo Viver

Sonhar para viver
viver para morrer
morrer para ser
ser para crer
crer para amar
amar para doar-se
doar-se para fazer
fazer para crescer
crescer para caminhar
caminhar para descobrir
descobrir para evoluir
evoluir para surgir
surgir para apontar
apontar para resplandecer
resplandecer para acolher
acolher para lançar
lançar para erguer
erguer para ocultar
ocultar para nascer
nascer para alegrar
alegrar para pensar
pensar para continuar
continuar para sorrir
sorrir para buscar
buscar para renovar
renovar para alimentar
alimentar para colher
colher para manter
manter para querer
querer para proteger
proteger para permitir
permitir para sonhar
sonhar para viver
viver para morrer
morrer para ser!
Luiz Alberto de Vasconcellos
13.01.2008

A comunicação do silêncio!



Tanto se fala, tanto deve-se mais calar. O silêncio nos introduz a um universo da exatidão do pensamento, do perfeito equilíbrio.

Não o silêncio gratuito, comum, mas o silêncio do corpo, da alma, da mente, a entrega ao Absoluto, ao Nada.

Se percorremos toda uma vida longe do silêncio e pouco nos realizamos, há que se tentar a realização pelo silêncio. Mas para o silêncio total torna-se necessária a adoção de alguns procedimentos como a boa e ordenada respiração, a higienização da mente(expurgar os bons e maus pensamentos para não deixá-la em ansiedade), uma postura adequada, um domínio da vontade do espírito e do corpo.

Respirar pelo ventre, o não-pensar, a percepção de que nada nos pertence, nem o próprio corpo, tudo é-nos emprestado, confiado, não somos nós, nunca seremos. Apenas um pensamento, uma forma ao qual não nos sujeitamos, apenas experienciamos e transferimos os ganhos sensoriais para a Perfeição. Somos como monitores de tv vivos, inteligentes, através dos quais exprimimos e gravamos os sons do universo. A perfeição em nossa existência é impossível, mas o silêncio nos confere alguma capacidade quanto à compreensão. Todas as vezes que conseguimos uma luz de compreensão, aproximamo-nos mais da Perfeita Compreensão.

Devemos, portanto, ser cuidadosos com as nossas emissões e recepções, para que seja sempre facilitado o trabalho da compreensão. O modo de expressão é fundamental no processo. A educação quanto ä importância de nossa missão ganhará significância à medida que controlamos as nossas emissões e capacitamo-nos a uma seleção daquilo que nos é emitido. Os sábios, os santos, tornam-se mais evoluídos pois conseguem controlar as emissões e recepções.

Portanto, silencie-se o mais possível, por maior que seja a sua necessidade de expressão, seja-lhe a melhor forma de comunicação, o silêncio. Jesus Cristo no momento mais crucial de sua curta vida terrena, frente a Herodes, Pilatos e ao Sinédrio, optou pelo silêncio pois compreendia que o mais importante naquele momento era a perfeição das emissões e recepções, pois que também era apenas um veículo e tudo que Lhe sairia ou entraria teria que ser o mais puro possível para que seu encontro com a eternidade pudesse ser o mais avançado.


Silêncio! Você está em você.

1.11.2008