12.08.2009

Feliz Natal

Cada vez mais, falar de Natal, Natividade, Renovação, Esperança, nos dias de hoje, parece algo sem muito sentido, desprovido da racionalidade e instintos de sobrevivência que acompanham a sociedade moderna. Hoje, para muitos, Deus e seu Filho divino, Jesus Cristo, são fios de uma história que, insistem, está mal contada, sem nexo, irreal. Não se discute o Jesus, filho de José e Maria, como um elemento histórico, pois nisto, somos obrigados a acreditar, simplesmente, porque alguém, no passado, relatou brevemente a sua execução motivada pela acusação de ter sido mentor de ideias e ações político-religiosas transgressoras. Sem dúvida, antes dele e após ele, muitos outros "ativistas transgressores" existiram, mas quantos mereceram, ainda que breve, um registro histórico? Eu, em meus cinquenta anos, o único registro histórico que possuo é a certidão de nascimento que atesta a minha existência para os "devidos fins". Outros mais famosos, têm registros nos jornais, nos livros, na internet por causa de seus cargos, de suas funções, de suas fortunas, de suas atividades, ações e atitudes. Mas, todos, sem exceção, frutos de uma necessidade gerada por uma sociedade de mercado, onde exemplos de sucesso material são a inspiração para uma "vida melhor e vantajosa". Pode-se dizer que são produtos de marketing que perdurarão enquanto durar a tinta no papel e a lembrança e interesse por sua história. Sobre esses o poder da sociedade lhes impõe limites, traduzidos por períodos de existência; eles não são, estão! Mas sobre aquele simples filho de carpinteiro, Jesus Cristo, por mais que se tente negá-lo, descontruí-lo, apagá-lo, rotulá-lo como ativista, transgressor, terrorista, mago, profeta, ser de luz, avatar, extraterrestre, seja lá que título ou origem quiserem-lhe dar, este continuará a mudar destinos, incomodar consciências, a fazer a diferença.

Espírito, Homem, Deus esta trindade que significa toda a eternidade, toda a materialidade, toda magnificência foram reunidas num só ser que simboliza o pensamento do Criador no momento de sua criação.

Eu não procuro a tumba de Cristo. Eu anseio pela verdadeira vida que Ele me prometeu. E, esta vida passa ao largo de qualquer sepulcro, porque não devo procurar dentre os mortos Aquele que vivo está.

Feliz Natal

Luiz Alberto Gaspar Vasconcellos