12.31.2010

Welcome, bienvenido, bem-vindo 2011!

Com as suas janelas, portas, atalhos, espaços, portais, enfim, 2010 já se despede e encaminha-se para ocupar o seu lugar na história da humanidade. Se terá sido um bom ano para ser lembrado, ficará a critério de cada um. As descobertas não feitas, as promessas não cumpridas, os desejos não satisfeitos, os sonhos não realizados, muitos serão creditados a 2011, sem dúvida.E, isto deve ser tão antigo quanto a primeira palavra pronunciada, perdendo-se no tempo da imaginação humana.

2011 está com uma cara boa. É um número simpático, simétrico, comportado. Início de uma nova década, a segunda do primeiro século do terceiro milênio, uma década que promete para o nosso país Copa do Mundo de Futebol, Jogos Olímpicos, maturidade econômica e política e, quem sabe, definitivamente, poder entrar para o rol das nações realmente desenvolvidas, não só em termos econômicos como e, principalmente, em uma sociedade mais justa e evoluída.

Mas, 2011 é por enquanto apenas um número. O seu contorno está pronto, mas a sua estrutura, o seu desenho, as suas cores, os seus detalhes dependem da nossa vontade de agir, fazer acontecer, acreditar em nosso potencial. Cada ponto, cada curva, cada palavra, cada ato poderá fazer deste novo ano prestes a se iniciar o nosso ano, o Ano.

Que sejam praticadas na Virada do ano, todas as boas simpatias. Que elas sejam feitas com alegria e esperança. Mas, nós sabemos que elas só funcionarão com a nossa participação direta. Portanto, as promessas que fizermos, devem se transformar em planos, num planejamento estratégico de nossas vidas, com metas, táticas e cronograma para iniciar e concluir as várias etapas. Se tiver que trabalhar um pouco mais, que se trabalhe, mas deixando um espaço para o descanso, para a auto-avaliação, para a reflexão, para saber se é necessário rever o caminho para atingir o objetivo proposto ou seguir em frente porque se está  no caminho certo. Divirta-se mais vezes, porque a vida é para ser divertida, otimista. Não temos obrigação de sermos tristes, taciturnos só porque o trabalho ou uma situação qualquer que apareça em nossas vidas diz que tem que ser assim. Divertir-se com responsabilidade é saudável e só faz bem a todo mundo. Portanto, seja divertido como a vida é divertida. Seja sério quando assim houver a necessidade. Mas, a seriedade construtiva, participativa, de bem com a vida. Sem neuroses, humilhações. Não se decepcione com você mesmo. Muito menos com os outros. Não espere gratidão, reconhecimento. Faça o que tem que ser feito, especialmente, aquilo que você quer fazer. Mas, não espere nada de ninguém para não criar obrigações para si e para os outros que às vezes nada sabem sobre isso.

Mais e menos. Altos e baixos. Avanços e retrocessos. Sim e Não.  É assim que será o nosso novo ano. Surpreenda-se sempre com as coisas boas que lhe acontecerem. Com as ruins, cuide para que aprenda com elas a buscar só as coisas boas. Não se frustre. Não se amedronte. Eu sou igual a você. O seu chefe é igual a você. Todos somos iguais. Encare a vida de frente. Não sabe fazer algo, esforce-se por aprender a fazê-lo. Tente, experimente, e só depois disso é que você poderá decidir se consegue ou não. Antes, melhor tentar do que arrepender-se por algo que não fez.

2011 será um bom ano. Conquiste-o desde o seu primeiro minuto. É direito seu. Você pode, você merece, você quer, você terá. Portanto, divirta-se  em 2011.

8.20.2010

O melhor do passado é um bom presente!

O passado quando bem entendido e resolvido é a nossa melhor porta de entrada para o futuro.

Luiz Alberto Gaspar de Vasconcellos

6.10.2010

Uma noite de sábado qualquer

Um início de uma noite de sábado chuvosa, fria. O vento insistindo a afastar as nuvens que trazem as chuvas. O mar está agitado. Uma profusão de pequenas ondas sacodem as águas que chegam até a beira da praia. A praia está só. Quando chove, venta e faz frio parece que o mar está vazio, sem vida, só agitação.

Caminhei o quanto pude na chuva e no vento, sem agasalho. A intempérie foi maior do que a minha necessidade de espairecer um pouco a cabeça atulhada de preocupações. Encontrei um amigo, refugiados numa das laterais do quiosque, o vento não nos incomodava muito. Alguns pingos da chuva insistente molhavam nossos ombros e nossas costas, mas era bastante suportável. Conversamos sobre trabalho, o Brasil, as ações populistas de um presidente esperto que acabará por tirar do caminho um país que há pouco começou a ficar de pé e como bons brasileiros terminamos no futebol, falando da seleção que se prepara para o campeonato mundial realizado pela primeira vez em solo africano.
A conversa que não era assim tão forte, foi sendo dominada pelo vento e pingos grossos da chuva e pela premência de tempo de voltar para casa e ver a novela das seis na Globo. Conforme eu mencionei acima era o início de uma noite de sábado de um homem casado quase há trinta anos, com diversos problemas no trabalho, praticamente sem dinheiro e com pouca imaginação para encontrar algo melhor para fazer no início de noite de um sábado frio, chuvoso e que ventava. Melhor ficar em casa.

5.21.2010

Reflivivendo

"É preciso sabedoria e muita paciência para que envelheça apenas o corpo e não sejam contaminadas a alma e a mente."
Luiz Alberto Gaspar de Vasconcellos

5.19.2010

Maria!

Maria, uma menina simples e humilde, porém, plena da certeza de que Deus era presente em sua vida, acolheu no ventre puro e imaculado a carne e o espírito do Senhor.

Imitemos Maria, pois embora sejamos todos criaturas temporais, foi-nos oferecida a graça de vivermos no espírito do Senhor e de fazermos da nossa carne, o Seu templo.

4.14.2010

Devorador do Tempo

Ah! Tempo se tu me pudesses dizer do que és feito, que consistência é feita a tua eternidade?

Eu te criei, mas sou fruto de ti. Através do tempo, Tempo, desenvolvo-me, evoluo, involuo, nasço, vivo, morro. Mas, ainda assim, teu criador sou eu, criatura! Ideia minha, meu anseio que tanto não quero mais.

A nossa relação, Tempo, é composta por ambiguidades.

Às vezes só tu podes curar-me as feridas, às vezes, não.

Às vezes só tu podes me mostrar com quem estava a razão, às vezes, não.

Às vezes um mal-entendido, uma palavra mal dita, só tu podes fazê-los esquecidos, às vezes, não.

Às vezes só tu podes evitar um dissabor, uma ofensa, às vezes, não.

Às vezes só tu podes impedir uma batalha e daí uma guerra, às vezes, não.

Às vezes só tu podes adiar uma despedida, às vezes, não.

Às vezes tu dizes, sim! Às vezes, não!

Às vezes te tenho como aliado. Às vezes, como inimigo.

Tu, Tempo, és minha imaginação, minha lógica, minha obviedade. Através de ti roteirizo a minha vida e, vivo de acordo com o teu passar, que às vezes é lento demais, às vezes rápido demais.

Tu és marcado pelas luas, pelas estações, pelas sombras do sol, pelos ponteiros movidos por cordas ou por baterias de lítio.

Afligindo-me, preocupando-me, sinto que daqui a pouco já não poderei fazer da noite o teu final, o teu começo. Será necessário deslocá-los para outra parte de ti, Tempo, pois terei que ter um pouco mais de ti.

Vês como sou teu algoz, teu devorador, teu senhor? Mas, a ambiguidade mais uma vez se mostra, pois enquanto eu te domino, tu me dominas.

A lógica reside no fato de que tu existes porque eu existo. A minha imaginação te cria e alimenta a todo instante. O óbvio é que acabamos por um ao outro dominar, o que me leva a pensar que o mundo é sempre um segundo elevado à potência infinita.

Ah! o tempo acabou!