9.23.2013

NATUREZA - Naturalmente otimista

Tenho pensado em quanto a Natureza é sábia, pródiga e realizadora. Naturalmente, otimista, mesmo ante às imprudências humanas que tanto a sacrificam, sacrificando-nos a todos.

De quanta sabedoria eu absorvo da Natureza. Do verde, a paz; da mistura de cores, a direção; de seu cheiro, o sentido.

Natureza que conforta o meu espírito em comunhão através da oração. Acolhe as minhas angústias e como num processo semelhante à fotossíntese, transforma-as num ponto de esperança.

Natureza que é  o meu alimento, Onde a minha mente encontra repouso, onde os meus pés caminham, onde os meus sentidos afloram, onde o meu coração bate compassado e tranquilamente.

Natureza, como eu gosto de ti, da menor a mais sofisticada forma de vida com que tu nos contempla, da dureza da pedra à maciez da areia, assim tu nos mostra como todos nós podemos nos transformar. Gosto do teu silêncio, de tua força, de tua sobrevivência, de tua honestidade, de teus princípios, de teu caráter.

Quando o meu espírito vagar, eu te suplico, guarda o meu corpo no tempo que convier para depois transformá-lo lenta e silenciosamente, naquilo que tu és.

Tu és o meu conforto, a minha esperança, o meu amor. Tu és a forma que o Senhor Deus escolheu para falar comigo. Tu és a minha vida. Deixe-me aninhar-me em teu colo relvado, úmido. Vela o meu sono que tanto careço.

Que o Espírito do Senhor Deus paire sobre ti, hoje e sempre.

Texto elaborado em 12/03/2000, Rio de Janeiro, às 20h20 e revisado e publicado em 23/09/2013