A vida que a gente leva está tão agitada que quase sempre esquecemos de como é simples viver bem. Para a grande maioria, viver tornou-se tão complexo que não mais se vive mas sobrevive-se, e nem não damos conta disso. Talvez, esta seja a razão para tantos sentimentos frustrados, tantas relações desfeitas, tantos sonhos esquecidos, tantas raivas incontidas.
Viver bem deveria ser tão
simples como as gotas do orvalho, o desabrochar de uma flor, o nascer
do sol, o sorriso de uma criança. Viver bem deveria ser igual a
nossa canção preferida que procuramos cantá-la em busca do tom
certo sem jamais encontrá-lo. E, tudo isso admiramos sem buscar-lhes explicações
mirabolantes.
Quantas vezes nos deparamos com
situações que nos afligem, deixando-nos um tanto perturbados,
fazendo-nos perder o foco no cerne da questão, onde sempre está a
solução. Isto acontece porque não conseguimos vislumbrar todas as
possibilidades que uma vida simples nos oferece, desapegada de
pressupostos e preconceitos que tornam tão pesado o nosso dia-a-dia.
Acontece porque consideramos tudo como sendo muito difícil e a
obviedade não poderia resolver. Mas, resolve, porque a vida não é
uma equação matemática. A vida é simplesmente a vida que
resolvemos levar, ou seja, a solução está em nós mesmos.
Viver bem é ser simples, não
simplório, é entender que somos limitados e imperfeitos, mas não
impossibilitados de melhorarmo-nos, aperfeiçoarmo-nos. Viver bem
deveria ser igual ao canto do pequeno pardal que não possui as
variações e tons espetaculares aos de um sanhaço, tié, curió ou
canário, mas sua simplicidade traz-nos harmonia aos ouvidos,
relaxando-nos nas primeiras horas da manhã e quase sempre nem
percebemos isso.
Viver bem é simplesmente estar
de bem com o que você é não o que julga ou é julgado ser. Viver
bem é tão simples que acabamos pensando que não pode ser tão
fácil assim. Mas é, experimente!