Não há fazer, não há mal-querer, só há prazer.
Desde quando nasci, penso um dia ser igual a saci,
pulando de perna em perna, passeando pelo Brasil varonil
vou de vento em popa segurando o meu barril.
A cachaça pode não ser boa,
mas é com ela que falo à toa.
O fumo não se presta,
mas quando pito ele, ninguém me aperta.
Quando a chuva desce,
não há quem me seque.
Então, assim eu vou caminhando
até encontrar um outro viajando.
E, se ele estiver molhado,
tanto melhor será o bocado
de prosa que iremos trocar
em nosso caminhar.
Se a prosa não for boa,
a gente não se esboroa,
dá um cumprimento um pro outro
a gente se despede
e a Deus se pede
pra levar o outro
pra bem longe do nosso olho.
Continuo no meu viajar
até de novo encasquetar
com a ideia de planear
a viagem pelo país afora
antes que daqui me levem embora.
Luiz Albertho
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