6.10.2010

Uma noite de sábado qualquer

Um início de uma noite de sábado chuvosa, fria. O vento insistindo a afastar as nuvens que trazem as chuvas. O mar está agitado. Uma profusão de pequenas ondas sacodem as águas que chegam até a beira da praia. A praia está só. Quando chove, venta e faz frio parece que o mar está vazio, sem vida, só agitação.

Caminhei o quanto pude na chuva e no vento, sem agasalho. A intempérie foi maior do que a minha necessidade de espairecer um pouco a cabeça atulhada de preocupações. Encontrei um amigo, refugiados numa das laterais do quiosque, o vento não nos incomodava muito. Alguns pingos da chuva insistente molhavam nossos ombros e nossas costas, mas era bastante suportável. Conversamos sobre trabalho, o Brasil, as ações populistas de um presidente esperto que acabará por tirar do caminho um país que há pouco começou a ficar de pé e como bons brasileiros terminamos no futebol, falando da seleção que se prepara para o campeonato mundial realizado pela primeira vez em solo africano.
A conversa que não era assim tão forte, foi sendo dominada pelo vento e pingos grossos da chuva e pela premência de tempo de voltar para casa e ver a novela das seis na Globo. Conforme eu mencionei acima era o início de uma noite de sábado de um homem casado quase há trinta anos, com diversos problemas no trabalho, praticamente sem dinheiro e com pouca imaginação para encontrar algo melhor para fazer no início de noite de um sábado frio, chuvoso e que ventava. Melhor ficar em casa.