5.28.2008

Em se plantando tudo dá! Será?

Que tipo de sociedade o nosso país está desenvolvendo? Quando vejo a cultura ser destroçada através de programas chulos de nossa tv, onde autores e diretores com mentes e atitudes doentias tentam impor-nos o seu modo de vida, fico pensando o quanto já andamos num caminho que nos levará a uma encruzilhada para o nada e que certamente não nos dará a chance de retornarmos ao ponto inicial.

A hipocrisia das sociedades brasileiras está cada vez mais nojenta. Pessoas que parecem ser respeitáveis estouram a cabeça do outro com uma chave de roda por uma infração de trânsito cometida pelo arrebentador de crânios. O cretino chega ainda na delegacia e conta as mais estapafúrdias estórias para mostrar que se ele acabou com a vida de um infeliz na frente dos filhos desse mesmo infeliz, foi por um motivo "nobre" que a sociedade aceita como sendo correto, o da legítima defesa. Pior de tudo que a mulher do chaveador maníaco corrobora com a versão, totalmente amparada por seu advogado de defesa, ou de ataque?

O outro chama de corrupto todo mundo que está acima dele ou ao seu lado ou, mesmo abaixo. Mas, quando o "seu guarda" lhe pára na rua para ameaçá-lo com a aplicação de uma multa por alguma infração que cometeu, ele não duvida em sacar 5 real e dar na mão do guardinha. Depois chega em casa ou no trabalho "revoltadíssimo" com a situação que lhe torceu o estômago, vociferando imprompérios contra o estado, a polícia, o país, dizendo ter pago 5 real ao vagabundo travestido de agente da lei e, o mais interessante de tudo isso, acha que o cara se vendeu por uma miséria. Só posso imaginar que passa pela cabeça desse sujeito que se fosse mais, bem mais, aí sim, seria mais razoável, não é?! Essa é a ética desse cidadão de quinta classe cada vez mais numeroso entre os brasileiros. É o sujeito que fura a fila do banco, da loteria, do hospital público, simplesmente porque é parente ou amigo de um funcionário cretino que por sua vez reclama do governo, do ministro, do governador, do prefeito, do guarda corrupto, da professora fraca, do vizinho babaca, do porteiro imbecil. É a ética esperta do sexagenário que se utiliza das "facilidades" de se ter mais de 65 anos no Brasil para na fila do banco poder furá-la para serviços que não para ele, mas sim para amigos, parentes mais novos e que por serem muito "espertos" se utilizam do velhinho sabido para pagar suas contas. Se alguém reclamar com ele, ainda se arrisca a ouvir alguns desaforos. Agora, é capaz de levar com uma barra de ferro na cabeça.
Sinceramente, está cada vez mais difícil acreditar que o Brasil tem jeito. Enquanto estado geográfico, sim, mas, como estado social com o povo que vem se formando ao longo dos séculos, sou cético, muito cético.

Eu não consigo mais acreditar na capacidade de agir corretamente, sem primeiro pensar em si, de ninguém. O brasileiro deixou de ser patriota desde quando foi colonizado. Também pudera, esperar o quê de uma sociedade nobiliárquica que para ser consagrado com um título da nobreza tinha-se que pagar e muito bem por tal distinção.

Quando vamos encarar de frente os nossos problemas, os problemas conjunturais e sociais de nosso país, verdadeiramente? As casas de boa parte dos brasileiros já têm televisão, geladeira, luz elétrica, algumas até microondas. Será que nenhuma delas tem um espelho?

O problema do país não é o Presidente Lula, ou a sua mulher, ou o seu filho, ou a sua ministra preferida, ou qualquer um de seus aloprados corruptos, pois todos eles são originários de nossos anseios, de nossas ganâncias, de nossos apegos. Os Lulas da vida são fruto das sementes que somos nós, sem exceção.

Precisamos deixar os mortos enterrarem os mortos, como diz o Novo Testamento. Vamos deixar o que já está morto em cada um de nós para trás. Vamos buscar a melhor vida dentro de uma atitude e pensamento ético. O futuro é o segundo que já acabou de passar. Se não nos reiventarmos para melhor, estaremos sempre colocando distância num tempo distante chamado futuro.

Ainda há esperança para você, para mim, todos nós!

Aproveite a chance e mude para melhor, porque você não é bom como pensa ser. Você é um estrume, assim como sou um estrume também. Estrumes que não servirão nem para fertilizar o solo de uma terra em que se plantando tudo dá, pois foram deixados no asfalto, aliás, para variar da pior qualidade.

5.19.2008

As colheres de cabo comprido

O texto abaixo foi-me enviado através de e-mail e é de autoria desconhecida. Ele é muito interessante e discorre sobre a tristeza que é o egoísmo e a alegria que é o saber compartilhar.

Um abraço

Luiz De Vasconcellos




"AS COLHERES DE CABO COMPRIDO

Conta uma lenda que Deus convidou um homem para conhecer o céu e o inferno.
Foram primeiro ao inferno.
Ao abrirem a porta, o homem viu uma sala em cujo centro havia um caldeirão de substanciosa sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas.
Cada uma delas segurava uma colher, porém de cabo muito comprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão, mas não permitia que colocassem a sopa na própria boca.
O sofrimento era grande.
Em seguida Deus levou o homem para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença é que estavam todos saciados. Não havia fome, nem sofrimento.
"Eu não compreendo", disse o homem a Deus, "por que aqui as pessoas estão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual?".
Deus sorriu e respondeu: Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros.

Moral:
Temos três situações que merecem profunda reflexão:
Egoísmo: as pessoas no 'inferno' estavam altamente preocupadas com a sua própria fome, impedindo que se pensasse em alternativas para equacionar a situação;
Criatividade: como todos estavam querendo se safar da situação caótica que se encontravam, não tiveram a iniciativa de buscar alternativas que pudessem resolver o problema;
Equipe: se tivesse havido o espírito solidário e ajuda mútua, a situação teria sido rapidamente resolvida.

Conclusão:
Dificilmente o individualismo consegue transpor barreiras.
O espírito de equipe é essencial para o alcance do sucesso.
Uma equipe participativa, homogênea, coesa, vale mais do que um batalhão de pessoas com posicionamentos isolados.
Isso vale para qualquer área de sua vida, especialmente a profissional.

E, lembre sempre: A alegria faz bem à saúde; estar sempre triste é morrer aos poucos."
(Anônimo)

5.14.2008

Caminho dos Sonhos

Há sempre um lugar para se ir.
Há sempre uma partida, nem sempre uma chegada.
No meio do caminho, há desencontros mais do que no início, menos do que no final que se perde quase sempre no meio do caminho.
A partida, às vezes festiva, às vezes temida, sempre imprevisível, principia a caminhada para um lugar qualquer ou a lugar nenhum.
Espera-se muito, faz-se pouco. O continuar da vida é inexorável, pois ela, a vida, insensível ao tempo que dilapida o que já estava lapidado, leva a caminhos desejados, esperados, sonhados, a caminhos dos sonhos não sonhados.
No caminho dos sonhos da chegada improvável, o fim já é sabido. Percorre-se o caminho indiferente no paralelismo do caminho dos sonhos.

Luiz Alberto De Vasconcellos - 10.08.2003

A importância de tantas coisas

Tantas coisas são tão importantes e nos esquecemos de observá-las:
A flor, o vento, as árvores, o quati, o bem-te-vi, o pato, a rosa, o outro, o amor.

Tantas coisas são tão importantes e não nos importamos em cuidar delas:
As emoções puras, o bom pensamento, a personalidade, o altruísmo, a boa-vontade, a solidariedade, a compaixão, a coragem.

Tantas coisas são tão importantes e teimamos em não dividi-las com o próximo:
O sorriso sincero, a paciência, o gesto bondoso, a palavra amiga, o braço direito, o apoio, a amizade, a mão estendida.

Ah! se pudéssemos subverter o mundo, tornar comuns estas tantas coisas importantes, elas certamente deixariam de ser tão importantes assim, pois estaríamos pensando em outras tantas coisas importantes.

Luiz Alberto De Vasconcellos - 25.01.2000