1.26.2008

Simples viver bem


A vida que a gente leva está tão agitada que quase sempre nós esquecemos de como é simples viver bem. Para muitos, viver tornou-se tão complexo que acabam por levar a vida como sobreviventes, e nem se dão conta disso. Talvez, esta seja a razão para tantos sentimentos frustrados, tantas relações desfeitas, tantos sonhos esquecidos, tantas raivas incontidas e tantos males de saúde inesperados.

Viver bem deveria ser tão simples como as gotas do orvalho, o desabrochar de uma flor, o nascer do sol, o sorriso de uma criança. Viver bem deveria ser igual a nossa canção preferida que procuramos cantá-la, mesmo no tom errado. E, tudo isso admiramos sem ter que para isso buscar explicações mirabolantes.

Quantas vezes nos deparamos com situações que nos afligem, deixando-nos um tanto quanto perturbados, fazendo-nos perder o foco no cerne da questão, onde, quase sempre, está a solução. Isto acontece porque não conseguimos vislumbrar todas as possibilidades que uma vida simples nos oferece, desapegada de pressupostos e preconceitos que tornam tão pesado o nosso dia-a-dia. Acontece porque consideramos tudo como sendo muito difícil e que a simplicidade de uma idéia ou ato, não poderia resolver. Mas, resolve, porque a vida não é uma equação matemática. A vida é simplesmente a vida que resolvemos levar, então, podemos fazer dela um grande espetáculo ou retumbante fracasso.

Viver bem é ser simples, não simplório, é entender que somos limitados e imperfeitos, mas não impossibilitados de melhorarmos, aperfeiçoarmo-nos. Viver bem deveria ser igual ao canto do pequeno pardal que não possui as variações e tons espetaculares aos daqueles pássaros com perfeita sonoridade, mas sua simplicidade traz-nos harmonia aos ouvidos, relaxando-nos nas primeiras horas da manhã e quase sempre nem percebemos isso.

Viver bem é simplesmente estar de bem com o que você é não com o que julga ou julgado ser. Viver bem é tão simples que acabamos pensando que não pode ser tão fácil assim.
Mas é, experimente!

Luiz Alberto De Vasconcellos - 26.01.2008

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